Um Cruzeiro, tipico das paisagens do planalto
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
O Barceo (Stipa Gigantea)
No termo da aldeia de Bruçó existem grandes extenções contínuas de barceos a que também se denomina de barcieiras.
O próprio nome de Bruçó deriva possivelmente desta planta, tal como o nome da aldeia de Vila Chã da Barceosa, em mirandês Bila chana de Barceosa.
O barceo ou baracejo (Stipa Gigantea) é uma graminea de folha perene ou semi-perene. É uma espécie de esparto que pode atingir dois metros de altura e confere ao termo desta aldeia uma paisagem única, de aparência estepária pela ausência de àrvores nos locais onde este abunda, aparecendo pontualmente algum sobreiro, junípero (zimbro) ou carvalho negral.
O termo Barceo é utilizado em castelhano sendo em Português mais frequente a denominação de baracejo.
Esta planta está ligada à vida da aldeia também pela sua importância na pastorícia, sobretudo na alimentação de rebanhos de ovinos ou pela confecção de peças de artesanato como ceiras e outros objectos.
O habitat desta planta é distribuido sobretudo pelas zonas secas do interior da Península Ibérica e norte de África, é também aproveitada como planta ornamental pela sua beleza.
O próprio nome de Bruçó deriva possivelmente desta planta, tal como o nome da aldeia de Vila Chã da Barceosa, em mirandês Bila chana de Barceosa.
O barceo ou baracejo (Stipa Gigantea) é uma graminea de folha perene ou semi-perene. É uma espécie de esparto que pode atingir dois metros de altura e confere ao termo desta aldeia uma paisagem única, de aparência estepária pela ausência de àrvores nos locais onde este abunda, aparecendo pontualmente algum sobreiro, junípero (zimbro) ou carvalho negral.
O termo Barceo é utilizado em castelhano sendo em Português mais frequente a denominação de baracejo.
Esta planta está ligada à vida da aldeia também pela sua importância na pastorícia, sobretudo na alimentação de rebanhos de ovinos ou pela confecção de peças de artesanato como ceiras e outros objectos.
O habitat desta planta é distribuido sobretudo pelas zonas secas do interior da Península Ibérica e norte de África, é também aproveitada como planta ornamental pela sua beleza.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Festa dos Velhos - Bruçó - Mogadouro
Em Bruçó, aldeia do concelho de Mogadouro,realiza-se no dia de Natal, 25 de Dezembro, a festa dos velhos, uma entre muitas outras celebradas em várias aldeias do planalto mirandês.
De manhã cedo os jovens reúnem-se em casa da mordoma para assumirem as suas personagens. A escolha dos personagens é feita secretamente.
Depois de escolhidos saem à rua dois casais, um composto pelo casal de velhos e outro composto pelo Soldado e pela Sécia, ambos casais estão mascarados e vestidos a rigor.
A Sécia, sempre protegida pelo Soldado, é uma mulher que provoca os rapazes e carrega no colo uma boneca a fingir de bebé. Ao longo do cortejo, a Sécia é importunada pelos rapazes da aldeia ou ela mesmo os importuna. O Soldado(que veste um traje de guarda fical) para proteger a Sécia vai distribuindo cinturadas com um cinto de cabedal grosso para "limpar a honra", já que o intuito dos rapazes é "roubar a Sécia ao marido".
O casal de velhos tenta manter a calma e ordem pública durante o cortejo. Levando um cajado na mão, denominado de "cajata", outrora também uma castanhola, perseguem os provocadores e limpam a rua das bexigas de porco cheias de ar, que os rapazes lhes jogam para os provocar.
A festa dos velhos integra-se nas celebrações rituais pagãs de celebração do solstício de Inverno, também denominadas de festas dos rapazes.
É interessante que o mesmo tipo de rituais são também celebrados em terras espanholas de Zamora e Salamanca, nomeadamente em Pobladura de Aliste que tem precisamente as mesmas figuras que o conjunto da festa dos velhos de Bruçó.
De destacar que o soldado da Pobladura de Aliste veste precisamente um traje de soldado, ao passo que o de Bruçó veste um traje de guarda fiscal, mantendo contudo o nome de soldado
A Velha
A Velha
A Velha
Soldado e a Sécia
Chocalheiro e a Velha
Velhos e Velhas
O Velho
Velha com a Gajata na mão
Velho com uma Bexiga
Velha com uma Bexiga
De manhã cedo os jovens reúnem-se em casa da mordoma para assumirem as suas personagens. A escolha dos personagens é feita secretamente.
Depois de escolhidos saem à rua dois casais, um composto pelo casal de velhos e outro composto pelo Soldado e pela Sécia, ambos casais estão mascarados e vestidos a rigor.
A Sécia, sempre protegida pelo Soldado, é uma mulher que provoca os rapazes e carrega no colo uma boneca a fingir de bebé. Ao longo do cortejo, a Sécia é importunada pelos rapazes da aldeia ou ela mesmo os importuna. O Soldado(que veste um traje de guarda fical) para proteger a Sécia vai distribuindo cinturadas com um cinto de cabedal grosso para "limpar a honra", já que o intuito dos rapazes é "roubar a Sécia ao marido".
O casal de velhos tenta manter a calma e ordem pública durante o cortejo. Levando um cajado na mão, denominado de "cajata", outrora também uma castanhola, perseguem os provocadores e limpam a rua das bexigas de porco cheias de ar, que os rapazes lhes jogam para os provocar.
A festa dos velhos integra-se nas celebrações rituais pagãs de celebração do solstício de Inverno, também denominadas de festas dos rapazes.
É interessante que o mesmo tipo de rituais são também celebrados em terras espanholas de Zamora e Salamanca, nomeadamente em Pobladura de Aliste que tem precisamente as mesmas figuras que o conjunto da festa dos velhos de Bruçó.
De destacar que o soldado da Pobladura de Aliste veste precisamente um traje de soldado, ao passo que o de Bruçó veste um traje de guarda fiscal, mantendo contudo o nome de soldado
A Velha
A Velha
A Velha
Soldado e a Sécia
Chocalheiro e a Velha
Velhos e Velhas
O Velho
Velha com a Gajata na mão
Velho com uma Bexiga
Velha com uma Bexiga
A Máscara e a Festa dos Rapazes do Planalto Mirandês
As máscaras do Solstício de Inverno, que são utilizadas entre o dia 13 de Dezembro e o final do mês de Janeiro, em toda a Terra de Miranda, são as mais ricas de todo o País, no campo iconográfico, etnológico e antropológico. A conclusão é do director do Museu da Terra de Miranda. António Mourinho
Anúncios de vida e de morte
Segundo a investigação levada a cabo por António Mourinho, nestas figuras, que antigamente eram mascaradas, existe um imaginário popular que as populações actuais não sabem explicar, mas que tem muito a ver com trevas, luz nova. “São coisas que é necessário deitar fora, como são os rosários de bolhacas que vemos na Velha de Vila Chã de Barceosa, na Galdrapa de São Pedro da Silva e no Farandulo de Tó. São expressões evidentes da purificação de tudo o que é velho e escurece o sol e a vida, a começar pelos fatos velhos e desajustados até às próprias máscaras de horrível aspecto diabolicamente escuro, trévico e anunciante da morte”, considera o responsável.
Neste período, proliferam manifestações populares por todo o Planalto Mirandês. Bruçó e Vale de Porco a 25 de Dezembro, Bemposta (26), Constantim (28) e dia 1 de Janeiro, de novo em Bemposta, Tó e Vila Chã de Barceosa são disso exemplo. “São tempos e lugares de vivência de um passado que, consciente ou inconscientemente, volta, com a sua pureza e significado próprios, nos quais nos deleitamos e nos transportamos numa viagem nostálgica de milhares de anos aos tempos remotos do gentilismo”, considera o estudioso.
Por: Francisco Pinto - Jornal Nordeste
Telmo Ferraz
"Campos malhados de verde. Salpicos de tons amarelos a fazer contraste. O planalto Mirandês alonga-se ... Poucos tons mas definidos. As folhas dos sobreiros e dos carrascos desafiam o tempo, o seu verde escuro é sempre. Um rebanho aproxima-se. Os més dos cordeirinhos dizem ao Planalto que há paz!"
Telmo Ferraz 1995 - do Livro: O Lodo e as Estrelas
Telmo Ferraz 1995 - do Livro: O Lodo e as Estrelas
Um pouco de Geografia
O Planalto Mirandês localiza-se no Leste Transmontano ao longo do Douro Internacional. Apresenta uma inclinação norte-sul e as altitudes médias rondam os 700- 800 metros onde predominam zonas planas ou onduladas, assim como vales encaixados dos seus principais rios, o Douro e o Sabor. Abrange os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.
O clima da região pode definir-se como mediterrâneo-subcontinental no planalto e mediterrâneo nos vales encaixados. Esta zona verifica a menor influência atlântica de Trás-os-Montes, inserindo-se na Terra Fria Transmontana.
Grande parte do planalto mirandês está inserido no Parque Natural do Douro Internacional sendo esta uma área protegida e um dos mais recentes parques naturais de Portugal, criado em 1998.
A língua mirandesa falada nesta região é considerada a segunda língua oficial de Portugal.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
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