Tradições no Planalto Mirandês
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Construções curiosas
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Rosas – Doce Típico de Bruçó
As Rosas são um doce típico, peculiar e de agradável sabor, que alegram as festas desta aldeia transmontana.
Não sei se também se fazem noutras aldeias, mas costumam designar-se Rosas de Bruçó, e pela zona são identificadas como doce típico dessa aldeia, onde não há “entrega da festa” em que elas não sejam distribuídas, em conjunto com outros doces e tremoços pela população que vai à mesma “entrega”.
A entrega da festa é a passagem de testemunho do mordomo da festa realizada para o mordomo do próximo ano. A população vai em conjunto assistir, sendo a entrega feita na casa ou à porta do futuro mordomo.
Em Espanha este tipo de doce é muito frequente, onde são conhecidas com o nome de Flores Manchegas (relativo á província de Castilla la Mancha), Rosetas, Rosas ou Floretas. Em Portugal são também tradicionais na aldeia Alentejana de Barrancos.
É um doce de confecção simples, pois os ingredientes são somente ovos, açúcar e água, que misturados formam uma massa um pouco líquida. O segredo do formato das Rosas está na própria forma, um ferro em forma de flor, que é molhado na massa e introduzido numa frigideira com bastante óleo a ferver. Se o óleo estiver à temperatura ideal e a massa tiver no ponto certo, a rosa saltará do ferro, dentro da frigideira e ficará crocante, deliciosa e com o aspecto de flor.
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domingo, 16 de janeiro de 2011
O Trilho
Antigo instrumento agrícola, comum no nordeste transmontano, que se destinava a separar o trigo da palha, ou seja trilhar. É um tabuleiro grosso, feito com várias tábuas, de forma rectangular, com a parte frontal algo mais estreita e curvada para cima (como um trenó) e cujo ventre está guarnecido de centenas de pequenas lascas de quartzo e sílex. Os trilhos eram puxados por juntas de vacas ou mulas. Segundo Cláudio Boutelou este instrumento agrícola é próprio da área mediterrânica.
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Carabelho
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Construção de Pedra e Barro
Outrora era comum em algumas aldeias, em construções de granito ou xisto, o revestimento dessas mesmas estruturas com barro, como forma de isolamento. Esse costume produzia um interessante efeito visual de “aldeia de barro”, parecendo que as casas eram feitas nesse material, com o seu peculiar tom vermelho.
Eram também comuns as estruturas de divisão do interior das casas ou outras pequenas construções que se pretendiam mais leves em taipa.
Eram também comuns as estruturas de divisão do interior das casas ou outras pequenas construções que se pretendiam mais leves em taipa.
Castanheiros em Bruçó
A castanha, sobretudo em Trás-os-Montes teve um papel primordial na alimentação das populações ao longo da História, também era conhecida como o pão dos pobres. Ainda que o planalto mirandês fosse sobretudo terra de pão (trigo e centeio), existem alguns soutos expressivos, como os da aldeia de Bruçó. Estes soutos tradicionalmente estavam instalados em terras de cereal, lembrando os montados alentejanos, em que os castanheiros substituíam neste caso os sobreiros.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
O Barceo (Stipa Gigantea)
No termo da aldeia de Bruçó existem grandes extenções contínuas de barceos a que também se denomina de barcieiras.
O próprio nome de Bruçó deriva possivelmente desta planta, tal como o nome da aldeia de Vila Chã da Barceosa, em mirandês Bila chana de Barceosa.
O barceo ou baracejo (Stipa Gigantea) é uma graminea de folha perene ou semi-perene. É uma espécie de esparto que pode atingir dois metros de altura e confere ao termo desta aldeia uma paisagem única, de aparência estepária pela ausência de àrvores nos locais onde este abunda, aparecendo pontualmente algum sobreiro, junípero (zimbro) ou carvalho negral.
O termo Barceo é utilizado em castelhano sendo em Português mais frequente a denominação de baracejo.
Esta planta está ligada à vida da aldeia também pela sua importância na pastorícia, sobretudo na alimentação de rebanhos de ovinos ou pela confecção de peças de artesanato como ceiras e outros objectos.
O habitat desta planta é distribuido sobretudo pelas zonas secas do interior da Península Ibérica e norte de África, é também aproveitada como planta ornamental pela sua beleza.
O próprio nome de Bruçó deriva possivelmente desta planta, tal como o nome da aldeia de Vila Chã da Barceosa, em mirandês Bila chana de Barceosa.
O barceo ou baracejo (Stipa Gigantea) é uma graminea de folha perene ou semi-perene. É uma espécie de esparto que pode atingir dois metros de altura e confere ao termo desta aldeia uma paisagem única, de aparência estepária pela ausência de àrvores nos locais onde este abunda, aparecendo pontualmente algum sobreiro, junípero (zimbro) ou carvalho negral.
O termo Barceo é utilizado em castelhano sendo em Português mais frequente a denominação de baracejo.
Esta planta está ligada à vida da aldeia também pela sua importância na pastorícia, sobretudo na alimentação de rebanhos de ovinos ou pela confecção de peças de artesanato como ceiras e outros objectos.
O habitat desta planta é distribuido sobretudo pelas zonas secas do interior da Península Ibérica e norte de África, é também aproveitada como planta ornamental pela sua beleza.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Festa dos Velhos - Bruçó - Mogadouro
Em Bruçó, aldeia do concelho de Mogadouro,realiza-se no dia de Natal, 25 de Dezembro, a festa dos velhos, uma entre muitas outras celebradas em várias aldeias do planalto mirandês.
De manhã cedo os jovens reúnem-se em casa da mordoma para assumirem as suas personagens. A escolha dos personagens é feita secretamente.
Depois de escolhidos saem à rua dois casais, um composto pelo casal de velhos e outro composto pelo Soldado e pela Sécia, ambos casais estão mascarados e vestidos a rigor.
A Sécia, sempre protegida pelo Soldado, é uma mulher que provoca os rapazes e carrega no colo uma boneca a fingir de bebé. Ao longo do cortejo, a Sécia é importunada pelos rapazes da aldeia ou ela mesmo os importuna. O Soldado(que veste um traje de guarda fical) para proteger a Sécia vai distribuindo cinturadas com um cinto de cabedal grosso para "limpar a honra", já que o intuito dos rapazes é "roubar a Sécia ao marido".
O casal de velhos tenta manter a calma e ordem pública durante o cortejo. Levando um cajado na mão, denominado de "cajata", outrora também uma castanhola, perseguem os provocadores e limpam a rua das bexigas de porco cheias de ar, que os rapazes lhes jogam para os provocar.
A festa dos velhos integra-se nas celebrações rituais pagãs de celebração do solstício de Inverno, também denominadas de festas dos rapazes.
É interessante que o mesmo tipo de rituais são também celebrados em terras espanholas de Zamora e Salamanca, nomeadamente em Pobladura de Aliste que tem precisamente as mesmas figuras que o conjunto da festa dos velhos de Bruçó.
De destacar que o soldado da Pobladura de Aliste veste precisamente um traje de soldado, ao passo que o de Bruçó veste um traje de guarda fiscal, mantendo contudo o nome de soldado
A Velha
A Velha
A Velha
Soldado e a Sécia
Chocalheiro e a Velha
Velhos e Velhas
O Velho
Velha com a Gajata na mão
Velho com uma Bexiga
Velha com uma Bexiga
De manhã cedo os jovens reúnem-se em casa da mordoma para assumirem as suas personagens. A escolha dos personagens é feita secretamente.
Depois de escolhidos saem à rua dois casais, um composto pelo casal de velhos e outro composto pelo Soldado e pela Sécia, ambos casais estão mascarados e vestidos a rigor.
A Sécia, sempre protegida pelo Soldado, é uma mulher que provoca os rapazes e carrega no colo uma boneca a fingir de bebé. Ao longo do cortejo, a Sécia é importunada pelos rapazes da aldeia ou ela mesmo os importuna. O Soldado(que veste um traje de guarda fical) para proteger a Sécia vai distribuindo cinturadas com um cinto de cabedal grosso para "limpar a honra", já que o intuito dos rapazes é "roubar a Sécia ao marido".
O casal de velhos tenta manter a calma e ordem pública durante o cortejo. Levando um cajado na mão, denominado de "cajata", outrora também uma castanhola, perseguem os provocadores e limpam a rua das bexigas de porco cheias de ar, que os rapazes lhes jogam para os provocar.
A festa dos velhos integra-se nas celebrações rituais pagãs de celebração do solstício de Inverno, também denominadas de festas dos rapazes.
É interessante que o mesmo tipo de rituais são também celebrados em terras espanholas de Zamora e Salamanca, nomeadamente em Pobladura de Aliste que tem precisamente as mesmas figuras que o conjunto da festa dos velhos de Bruçó.
De destacar que o soldado da Pobladura de Aliste veste precisamente um traje de soldado, ao passo que o de Bruçó veste um traje de guarda fiscal, mantendo contudo o nome de soldado
A Velha
A Velha
A Velha
Soldado e a Sécia
Chocalheiro e a Velha
Velhos e Velhas
O Velho
Velha com a Gajata na mão
Velho com uma Bexiga
Velha com uma Bexiga
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